Case Enebras: a importância da validação de novas tecnologias para startups e grandes empresas da saúde

29/10/2024 Case Enebras: a importância da validação de novas tecnologias para startups e grandes empresas da saúde

Se há um momento fundamental para startups e grandes empresas da área da saúde que estão lançando um novo produto, é realizar a validação dessa nova tecnologia e comprovar que a ideia funciona na prática.  

Foi por esse processo que a Enebras passou recentemente, em uma parceria com a Eretz.bio e com o Einstein. 

Fundada por Fabio José Sousa, a Enebras é referência no Brasil no ramo de ar condicionado para o segmento hospitalar, clínicas e laboratórios. 

Seu mergulho na inovação aconteceu durante a pandemia da Covid-19 ao desenvolver junto com o Einstein um aparelho chamado ATMUS. Esse dispositivo é capaz de transformar, em poucos minutos, um leito comum em um leito de pressão negativa. Ou seja, no qual o ar de dentro do quarto não se propaga para outros ambientes, o que era fundamental para diminuir o risco de transmissão do coronavírus. 

Após a pandemia, o uso do ATMUS diminuiu. No entanto, surgiu uma nova questão: seria possível aproveitar essa tecnologia em outras situações em que possa haver contaminação pelo ar, como em obras hospitalares? 

“Nas construções, o maior risco para um paciente imunodeprimido é a presença de agentes infectocontagiosos nas demolições e obras, principalmente a presença de fungos como o Aspergillus sp. Quando isso acontece, partículas desse fungo ficam em suspensão, no ar. Uma vez que o paciente inale essas partículas, pode desenvolver uma doença fatal, principalmente os imunodeprimidos. Isso sem falar que a poeira das obras pode causar reações alérgicas e outros quadros não infecciosos”, explica a Dra. Emy Gouveia, médica infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), do Einstein. 

A questão do controle da poeira proveniente de obras é tão relevante que faz parte de um dos critérios da Joint Comission, uma das acreditações mais importantes para hospitais e que avalia a segurança do paciente e a qualidade do atendimento, entre seus critérios. 

Em busca de solucionar esse problema, a equipe da área da manutenção do Einstein trabalhou em conjunto com a Enebras para adaptar o ATMUS em um equipamento que pudesse diminuir a propagação de partículas vindas das obras. Assim nasceu o VACCS, como é chamado o novo dispositivo. 

“Esse tipo de aparelho ainda não existia no Brasil, mas no exterior é muito disseminado. No Brasil, associações da área de prevenção de infecção já haviam recomendado esse tipo de tecnologia, e escolhemos a Enebras como parceira porque já haviam desenvolvido o ATMUS, que estava disponível aqui”, conta Arnaldo Félix de Oliveira, gerente de manutenção do Einstein. “Quando estiver tudo em funcionamento, nós seremos a primeira instituição com essa tecnologia, o que é um grande bônus para nós.” 

Com o VACCS montado, chegou o momento de realizar sua validação. A Eretz.bio conta com uma equipe dedicada a conduzir esse tipo de serviço, avaliando inovações em ambiente real ou simulado, podendo ser feita tanto no sistema privado quanto no sistema público de saúde e sempre com participação e feedback dos especialistas do Einstein. 

 

Como foi a validação do VACCS, da Enebras? 

 

Na avaliação científica, quatro testes foram avaliados envolvendo as possíveis combinações de modelo e modo de operação do VACCS. Dois modelos foram testados: um com filtro bolsa e outro com filtro cartucho, cujas principais diferenças são o preço e a durabilidade do material. Além disso, o VACCS foi testado em dois modos de operação: recirculação, onde o ar aspirado é tratado e liberado no mesmo ambiente, e isolamento, em que o ar aspirado é tratado e descarregado em ambiente externo. 

O objetivo era descobrir se todas elas poderiam diminuir a propagação da poeira das obras e se alguma dessas combinações iria sobressair. 

A avaliação foi realizada em diversas obras no Einstein. Primeiramente, em cada uma delas, houve uma medição de controle, sem o uso do VACCS, na qual um contador de partículas registrou a quantidade e o tamanho do particulado presente no ar em intervalos de tempo específicos.  

Em seguida, o VACCS foi ligado em cada uma de suas quatro configurações, e as medições foram repetidas nos mesmos intervalos para permitir a comparação. Os testes consideraram cinco diferentes tamanhos de partículas presentes no ar. “Queríamos avaliar o desempenho do equipamento tanto na retirada de partículas de 2,5 nanômetros, que é o tamanho do Aspergillus sp., quanto no particulado mais grosso”, explica a Dra. Emy. 

As medições geraram dados robustos que foram submetidos a análises estatísticas para verificar a eficácia de cada combinação. Ao final, constatou-se que, independentemente do tipo de filtro ou do modo de funcionamento, o VACCS contribuiu para a redução das partículas menores dispersadas pelas obras — todos os achados foram documentados em um relatório final enviado à empresa. 

“Eu não esperava receber um relatório com tanta profundidade. O que me surpreendeu foi a metodologia científica aplicada, tendo levado em consideração inúmeras variáveis, como tempo e tamanho do particulado, para chegar à conclusão”, diz Fabio Sousa, o CEO da Enebras.

“Uma validação assim traz outro tipo de aceitação no mercado. Nada melhor do que mostrar que o equipamento funciona com números e dados tão robustos”, completa. 

Todos os testes contaram com a participação do próprio time da Eretz, da Enebras, da área da manutenção do Einstein (no time comandado por Arnaldo Félix de Oliveira, José Márcio Alves e Elton Adriano Dedes) e do SCIH (com a Dra. Emy Gouveia e Laura Takaoka). 

“É excepcional realizar esse tipo de validação com o Einstein, A vantagem é poder contar com diferentes áreas trabalhando em conjunto, cada uma com sua expertise. Eu sou engenheiro mecânico, entendo do equipamento em si, e é fantástico poder contar com a participação do time da manutenção, que traz a perspectiva de como o dispositivo vai ser utilizado na prática, e também do SCIH, que contribui com os parâmetros relacionados à saúde”, completa Sousa. 

Agora, a Enebras está no processo de levar o produto ao mercado, além de desenvolver novos recursos para o VACCS. 

— 

 

Como a Eretz.bio realiza a validação de novas tecnologias na área da saúde  

 

A Eretz.bio já realizou mais de 250 projetos de parceria entre startups ou grandes empresas da área da saúde e as áreas internas do Einstein. 

Nas validações de tecnologias, são feitas avaliações como estudos clínicos, experimentais e não clínicos, de usabilidade e de inteligência de mercado para assegurar que sua inovação tem um impacto positivo na área da saúde. 

Sempre contando com o apoio dos especialistas da Eretz.bio e do Einstein, a partir da produção de dados científicos robustos, como aconteceu com a Enebras, que podem direcionar suas estratégias de produto e de go-to-market. 

Ficou interessado? Entre em contato com a Eretz.bio pelo formulário abaixo.  

 

Fabio José Sousa (dir.) é o CEO da Enebras
Eretz.bio
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.