Como a Raia Drogasil trabalha com Open Innovation na construção da farmácia do futuro

15/02/2022 Como a Raia Drogasil trabalha com Open Innovation na construção da farmácia do futuro

A conexão com startups é uma das estratégias de muitas empresas e tem permitido alcançar grandes resultados.

Esse tipo de parceria permite que as grandes empresas consigam acelerar seu processo de inovação e resolver suas dores de uma maneira mais rápida e efetiva, podendo resultar em iniciativas como codesenvolvimento de soluções, incorporações tecnológicas e projetos-piloto.

No caso da Raia Drogasil, o Open Innovation e a parceria com startups têm sido poderosas ferramentas na mudança de posicionamento da empresa, para ser reconhecida como um hub de saúde e de promoção do bem-estar e da vida saudável.

Nesta entrevista, Juliana Oizerovici, head de inovação aberta da Raia Drogasil, explica como a rede de farmácias está se transformando a partir da conexão com startups e do ecossistema empreendedor.

ERETZ.BIO: Como surgiu a área de inovação da RD?

Juliana Oizerovici: No final de 2017, a gente viu que precisava inovar. Mas, na cabeça da Raia Drogasil, inovar era iniciar a transformação digital que todos os players do varejo estavam fazendo. Aí foi criada uma área com squads para digitalizar a jornada do cliente, melhorar o checkout, a busca, o site, a entrega dos produtos etc.

Na Raia Drogasil, nosso propósito é cuidar de perto da saúde e bem-estar das pessoas em todos os momentos da vida. Para entendermos até que ponto estávamos cumprindo nosso propósito, fizemos um estudo com uma consultoria constatamos que o brasileiro entendia que saúde é um privilégio e que se sentia desassistido. Perguntamos também qual a primeira palavra que pensavam quando o assunto é farmácia. Falaram “doença”, “acesso”, “fralda”, “praticidade” etc. Tudo menos “saúde”. Foi um grande choque.

No final de 2018, entendemos que tínhamos mais um passo importante para dar, evoluindo consideravelmente o papel da farmácia e conectando sua nova proposta a um ecossistema amplo de soluções e provedores de saúde. Essa proposta transformaria radicalmente nossa relação com o cliente, aumentando os pontos de contato e nos tornando uma plataforma de saúde com foco na promoção de saúde e na prevenção. Assim nasceu a Vitat.

A criação da Vitat tem tudo a ver com esse processo de inovação e de criação da farmácia do futuro, certo?

JO: Há 30 anos, se você tivesse um problema, por exemplo, uma dor de barriga ou uma dor de garganta, você ia à farmácia primeiro. Não não ia direto ao hospital nem ligava para seu médico. O farmacêutico era a sua pessoa de confiança. Isso se perdeu com o tempo, com a regulamentação da farmácia e o desenvolvimento dos setores. 

O futuro da farmácia é justamente resgatar essa essência de 30 anos atrás, como um lugar que você busca para ter saúde, mas com layers de tecnologia. Nisso, percebemos a oportunidade de criar a Vitat, o primeiro braço independente de inovação, uma estrutura separada da Raia Drogasil.

A Vitat é uma plataforma digital com quatro pilares: tecnologia, conteúdo, produto e serviços de saúde. É tanto física quanto digital. Com ela, a farmácia começa a virar um hub de saúde, onde podemos oferecer serviços de saúde de baixa complexidade. Esses serviços se linkam a jornadas no aplicativo, como compra de produtos que chegam na casa dos clientes, telemedicina, atendimento psicológico, nutricional etc. É uma solução de promoção de saúde e aproveitando nossos principais ativos: as 2.500 lojas em todos os estados brasileiros, os 42 milhões de clientes e os 50 mil colaboradores.

Qual a importância para grandes empresas, como é o caso da Raia Drogasil, de se conectar com startups?

JO: Uma organização do tamanho da Raia Drogasil — e mesmo se a gente fosse 100 vezes menor — não consegue ter a agilidade e o espírito inovador que as startups têm. Do outro lado, as startups têm um grande desafio que é escalar. Se conseguirem aprender a trabalhar juntas, é um ganha-ganha muito forte. As empresas enxergarem esse papel é importante para o desenvolvimento do ecossistema.

Colocar os empreendedores dessas startups para conviver com os executivos também pode ser uma vantagem nessa relação?

JO: Acho que esse é o nosso grande desafio: trazer esse mindset empreendedor para  empresa e mostrar o valor de estar próximo da startup, de que não se trata de uma ameaça. Não tem um caminho das pedras. É um trabalho de formiguinha que você vai construindo aos poucos a ponto de um dia não precisar mais de uma área de inovação, já que está tudo intrínseco dentro das áreas. E tem um lado que o empreendedor precisa ser paciente. Em uma grande empresa, as coisas não acontecem do dia para a noite.

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