Parceria entre Eretz.bio e Universidade Católica de Pelotas fortalece avaliação de tecnologias em saúde

10/07/2025

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, descentralizar o acesso ao conhecimento técnico e à inovação em saúde é um dos maiores desafios – e também uma das maiores oportunidades. Para fortalecer essa cultura de inovação e impulsionar o uso de boas práticas na avaliação de tecnologias em saúde, a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) buscou a parceria com a Eretz.bio, frente de inovação do Einstein Hospital Israelita.

Reconhecida internacionalmente por sua excelência em ciência aplicada, a Eretz.bio estruturou um workshop exclusivo voltado à validação de tecnologias com foco em dispositivos médicos, realizada em novembro de 2024, de forma totalmente online.

Essa colaboração representa um marco importante na formação de profissionais no Sul do país, promovendo o fortalecimento das competências locais para o desenvolvimento e validação de novas tecnologias voltadas à saúde.

Uma formação baseada na expertise do Einstein

Voltado a pesquisadores e profissionais envolvidos na avaliação de novas tecnologias, o treinamento teve como foco o aprofundamento técnico e regulatório necessário para desempenhar um papel mais ativo na validação de inovações em saúde – de forma ética, segura e com embasamento científico.

Conteúdo imersivo e aplicação prática

O programa foi conduzido por um time multidisciplinar de especialistas em inovação e processos regulatórios envolvidos na validação de novas tecnologias para seres humanos.

Ao longo dos treinamentos, os participantes foram expostos a uma ampla gama de temas, incluindo:

• Tendências do mercado de saúde e inovação tecnológica;
• Comparação entre tecnologias emergentes e o padrão-ouro;
• Sistema CEP/CONEP e os processos de aprovação ética necessários para a condução de pesquisas com seres humanos;
• Delimitação de estudos, protocolos e aspectos regulatórios;
• Etapas de um ensaio clínico e não clínico;
• Boas Práticas Clínicas (BPC).

Além do conteúdo expositivo, a formação contou com um momento de dinâmica prática, em que os alunos foram desafiados a aplicar os conceitos aprendidos em um caso real trazido pelo próprio parceiro, promovendo a consolidação do aprendizado de forma ativa.

Mentorias com foco na aplicação e no desenvolvimento de projetos reais

Complementando a capacitação, a Eretz.bio ofereceu mentorias individuais cujo objetivo foi aprofundar os aprendizados e oferecer um espaço de troca para tirar dúvidas, propor caminhos e apoiar tecnicamente os projetos em desenvolvimento pela universidade.

Durante as mentorias, os alunos apresentaram um modelo de equipamento real – o videolaringoscópio em impressão 3D, tecnologia com aplicação direta na rotina hospitalar. A escolha do equipamento foi feita com base na relevância prática e no potencial de geração de impacto local.

Com a orientação das especialistas da Eretz.bio, o grupo elaborou um protocolo para condução de pesquisa clínica e trabalhou com questões importantes, como a elaboração do dossiê técnico já pensado nos trâmites regulatórios para um dispositivo médico junto à Anvisa.

Uma rede de formação para o futuro da saúde

Ao compartilhar sua expertise com instituições de ensino e apoiar a estruturação de uma área para avaliação de novas tecnologias, a Eretz.bio contribui para a criação de uma rede nacional de inovação mais inclusiva, colaborativa e qualificada. Essa capacitação também abre portas para o fortalecimento de parcerias futuras entre universidades, centros de pesquisa e o setor de saúde, promovendo a criação de soluções validadas a partir da realidade local e com potencial de escala nacional.

“Desde o começo, houve muita clareza na parte teórica, bastante elucidativa, como sobre a condução de ensaios clínicos, o planejamento do projeto, e a regulamentação da Anvisa”, avalia Ana Cristina Moraes, coordenadora do projeto do Laboratório de Usabilidade da UCPel.

“Além disso, pudemos aplicar todos os direcionamentos no desenho de um projeto de pesquisa clínica de um produto que estamos desenvolvendo, o que não só contribuiu para a assimilação do conteúdo, mas também para vivenciar esse processo em uma situação real, então ficou mais claro o aprendizado e ajudou a consolidar o conhecimento”, completa.

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