Inovação hospitalar em prática: conheça como o Einstein, líder em rankings da Newsweek, conecta qualidade, eficiência e sustentabilidade
15/09/2025
A inovação é hoje um dos principais diferenciais competitivos para hospitais que buscam sustentabilidade, eficiência e qualidade do cuidado. A OMS indica que 1 em cada 10 pacientes sofre algum dano durante a assistência e que mais de 50% desses eventos são evitáveis com processos e tecnologias bem implementados. A mesma organização projeta escassez de cerca de 4,5 milhões de profissionais de enfermagem até 2030. Diante desse cenário, a inovação orientada por dados, segurança e experiência do paciente torna-se um caminho consistente para resultados assistenciais e operacionais sustentáveis.
O Einstein, presente no 1º lugar do Brasil e da América Latina em sete especialidades segundo novo ranking da Newsweek (Gastroenterologia, Oncologia, Neurocirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Pneumologia e Endocrinologia) consolidou a inovação como parte de sua estratégia assistencial e operacional, alcançando resultados consistentes na redução de tempo médio de permanência, geração de leitos adicionais e redução de horas extras dos colaboradores através de novas tecnologias.
Quem explica essa visão é Claudia Laselva, Diretora de Serviços Hospitalares e Práticas Assistenciais do Einstein Hospital Israelita. Para ela, inovação não deve ser entendida como um projeto isolado, mas como um processo integrado ao cotidiano, construído em parceria com quem vivencia os desafios da operação.
“A inovação no Einstein tem sido incorporada por meio de uma parceria sólida entre a gestão assistencial e a área de inovação. Existe uma estrutura dedicada a apoiar tanto o desenvolvimento dos profissionais quanto a identificação de potenciais soluções para os principais desafios. Esse processo se dá em mão dupla: as áreas de assistência, que vivem os problemas do dia a dia, provocam a inovação, enquanto a própria inovação também traz provocações e novos olhares. Esse diálogo é essencial para que avanços concretos aconteçam”, afirma Claudia.
Essa dinâmica se traduz em ambientes de cocriação, onde diferentes áreas se unem para construir soluções em conjunto. O Nursethon é um exemplo: reúne enfermeiros, profissionais de TI, inovação e engenharia clínica para pensar alternativas práticas que aumentam a eficiência e reduzem a carga de trabalho da equipe assistencial.
Casos que geram impacto mensurável
Claudia destaca iniciativas já implementadas no Einstein que mostram como a inovação, quando bem estruturada, gera valor para pacientes, profissionais e para a própria instituição.
Fluxômetro digital
Com o objetivo de automatizar registros, foi criado o fluxômetro digital, que elimina o lançamento manual, reduz o trabalho da enfermagem e fisioterapia, melhora a acurácia das informações no prontuário e fortalece o processo de cobrança. A ferramenta, desenvolvida pela startup Salvus – investida da Eretz.bio, também permite identificar desperdícios, como vazamentos, ao sinalizar consumos fora do padrão.
Central de Comando Operacional (CCO)
O Einstein reconfigurou o modelo tradicional de centrais hospitalares ao criar uma Central de Comando Operacional (CCO) que integra todas as áreas envolvidas no fluxo do paciente sob uma gestão unificada. Com o apoio de inteligência artificial e modelos preditivos, os ganhos foram expressivos: redução de 20% no tempo médio de permanência, aumento de mais de 180 leitos de disponibilidade sem a necessidade de construção e um benefício financeiro estimado, em 2018, em R$ 1,6 bilhão.
CMOA e enfermagem virtual
A Central de Monitoramento Assistencial (CMOA) capta dados do prontuário em tempo real, transformando-os em algoritmos de inteligência artificial que geram alertas para as equipes. A evolução do modelo com a enfermagem virtual acrescentou uma equipe de suporte remoto, que atua em conjunto com os times da ponta. Em apenas um ano, o resultado trouxe redução na mortalidade, menor custo assistencial e diminuição de transferências desnecessárias ou tardias para UTI, com significância estatística.
Escala – gestão preditiva de ocupação e escala de trabalho
O Escala, solução desenvolvida internamente, utiliza inteligência artificial para prever a ocupação hospitalar e apoiar a construção de escalas mais flexíveis. Além das definições mensais, o sistema permite ajustes diários conforme o número de pacientes, seu grau de dependência e a disponibilidade da equipe. Esse modelo foi potencializado pela contratação de profissionais horistas, em complemento aos mensalistas, o que resultou em uma redução de 80% a 90% nas horas extras já no início da implantação.
Inovação como pilar da sustentabilidade hospitalar
Para Claudia, a inovação fortalece a sustentabilidade dos hospitais em duas frentes complementares. A primeira é a melhoria da segurança do paciente, que reduz eventos adversos; cada evento desse tipo pode triplicar o tempo de internação e os custos. A segunda é a eficiência operacional, conquistada com iniciativas que eliminam desperdícios, otimizam recursos e melhoram fluxos de trabalho.
Assim, inovação não é apenas tecnologia: é estratégia. É o caminho para reduzir custos, melhorar resultados clínicos e proteger a reputação institucional.
Desafios para inovar em larga escala
A incorporação de inovação em larga escala exige superar barreiras que vão além da tecnologia. Entre elas, estão a necessidade de visão estratégica da alta liderança, a formação de uma cultura organizacional aberta à inovação, o investimento financeiro e a disposição de assumir riscos em ambientes assistenciais.
Para Claudia, o caminho é claro: inovar com responsabilidade, criar governança sólida, investir em capacitação e manter o foco em protocolos de mitigação de riscos. Só assim os resultados podem ser escalados com segurança.
O valor das parcerias com healthtechs
O Einstein também reconhece o potencial de se abrir ao ecossistema externo. Segundo a profissional, healthtechs trazem velocidade, foco e tecnologia, enquanto o hospital oferece mentoria e ambiente de validação. Essa troca, quando bem estruturada, é uma relação de ganho mútuo, que fortalece tanto quem inova quanto quem implementa.
É nesse ponto que a Eretz.bio atua como catalisadora, conectando hospitais, startups e empresas em jornadas de inovação estruturadas, seguras e orientadas a resultados. Saiba mais clicando aqui.